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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dirigível


Um dirigível é uma aeronave mais leve do que o ar, que pode ser controlada. Ao contrário de aeronaves mais pesadas do que o ar, os dirigíveis sustentam-se através do uso de uma grande cavidade que é preenchida com um gás menos denso do que o ar, como o gás hélio ou mesmo o inflamável gás hidrogênio.

Tipos:

  1. Dirigível rígido (por exemplo, zeppelins) possuem armações rígidas que contêm várias cavidades ou balões de gás não pressurizado para prover a elevação. Dirigíveis rígidos não dependem de pressão interna para manter a sua forma.
  2. Dirigível não rígido usam a quantidade de pressão em excesso ao seu redor para manter sua forma.
  3. Dirigível semi-rígido, utilizam-se da pressão interna para manter a forma, mas possuem algumas armações articuladas em torno do fundo do balão para distribuir a suspensão da carga e manter a baixa pressão do balão.
  4. Dirígiveis metal-clad possuem características dos dirigíveis rígidos e não rígidos, utilizando um balão de metal muito fino e hermético, em vez do balão de borracha fechado conforme o habitual. Só há dois exemplos de dirigíveis deste tipo, o balão de alumínio de Schwarz de 1897, e o ZMC-2, construído na mesma época.
  5. Dirigíveis híbridos híbrido é um termo geral para uma aeronave que combina características de ser mais pesada que o ar (avião ou helicóptero) e mais leve que a tecnologia aérea. Exemplos incluem helicópteros/dirigíveis híbridos pretendidos para aplicações de elevações de pesadas cargas e dirigíveis dinâmicos pretendidos para viajar a longas distâncias. Nenhum dirigível híbrido prático que pudesse transportar pessoas foi construído até então. Porém, foram propostos muitos modelos e alguns protótipos foram construídos.

Os grandes dirigíveis ("zeppelins")

Um dos ícones da história da aviação foi o dirigível LZ 127 Graf Zeppelin, construído em 1928. O Graf Zeppelin possuia 213 m de comprimento, 5 motores, transportava de 20 a 24 passageiros e cerca de 36 tripulantes. O primeiro vôo de longa distância aconteceria em outubro de 1928, ligando a cidade alemã de Frankfurt a Nova York, nos Estados Unidos da América, e que durou 112 horas. Caberia ao Graf Zeppelin a primazia de ser o primeiro objeto voador a dar a volta ao mundo. A epopéia, em sete etapas, seria feita em 1929, percorrendo 33 mil quilômetros. O Graf Zeppelin foi construído pela Deutsche Zeppelin-Reederei, empresa fundada por Ferdinand Von Zeppelin, em 1928, e percorreu mais de 500 mil quilômetros, transportando pelo menos 17 mil pessoas.

O LZ 129 Hindenburg era o orgulho da engenharia alemã, e considerado o modelo mais espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O Hindenburg possuia 245 m de comprimento, 41,5 m de diâmetro, voava a 135 km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em New Jersey, nos Estados Unidos em 6 de maio de 1937, antes de pousar na base aérea de Lakehurst, perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da era dos dirigíveis rígidos.

O LZ 127 Graf Zeppelin foi descomissionado em 1937, ficando em exposição pública até 1940, quando então ele e o novo LZ -130 Graf Zeppelin II, foram desmantelados. Assim como o hangar especificamente construídos para eles no aeroporto de Frankfurt.

Depois de 1937, a companhia americana Goodyear continuou a fabricá-los nos Estados Unidos. Ao contrário dos dirigíveis rígidos alemães, esses outros modelos tinham um balão maleável, feito de derivados de borracha e inflado com gás hélio. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha americana utilizou-os para acompanhar navios e detectar submarinos inimigos. Esses "blimps", como passaram a ser chamados, misturavam conceitos dos dirigíveis de Santos Dumont e do conde Zeppelin e foram os que resistiram ao tempo e ressurgiram na década de 1980 como instrumento publicitário.

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